BRINCARTE

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Wednesday, October 17, 2007

DIA INTERNACIONAL DE ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Eu sou pobre, pobre, pobre de marré, marré, marré” (Domínio popular recolhido por Valdemar Valente, in: Folclore brasileiro: Pernambuco).

Quando a vida aflora, todos chegam nus.
E a vida é paratodos, sem distinção.


Luiz Alberto Machado & a Trupe do Brincarte.

O POBRE NA POESIA POPULAR:

MENINO DA RUA (Letra & música de Silva Novo)

Menino de rua, de roupa rasgada, carinha pintada de barro e carvão. Pezinhos descalços, correndo contentes. Nas pedras ardentes. Na areia do chão. Menino da rua, da rua onde a vida é terra dorida que raro dá flor. Garoto vadio, rebelde, gabola. Sem lar nem escola, sem dó nem temor. Menino da rua, menino sem nome, que às vezes a fome obriga a roubar. Qual é teu destino, que sorte te espera? Meu pobre menino, menino sem lar?

O POBRE
(...) O menino pobre tem Mingau de fubá cozido
Sem leite tôd ou aveia Aguado e sempre dormido E até sem leite materno
Que o da mamãe foi sumido (...) O menino pobre tem Shortinho e cueiro rasgado Sem pijama ou mosquiteiro Nem ar condicionado Por berço tem o chão frio E coberta é saco emendado (...) Cria se o menino pobre Dormindo pelas calçada Tomando banho na poeira E nas valas enlamaçada Papando barro e tijolo E a barriga toda inchada (...) Enquanto o menino pobre Já tem os pés calejado Pisando em caco de vidro
Pregos ou arame enfarpado Bebe água até de vala E tem saúde e é corado (...) O menino pobre anda Descalço sujo e rasgado Panha chuva noite inteira Passa um sufoco danado E não sente dor nem canseira Pois já tem o lombo curado. (...) O pobre dorme em chão frio Nas gigantes construção Panha chuva noite e dia Entre relâmpago e trovão Faz pernoite nas calçada E tem saúde de um leão (...) O pobre já nem si lembra Da barriga ou coração Suas massage é nos trens De Japeri ou Barão E sua cardiologia É os chute na condução (...) O pobre não sente nada Pois o seu tempo não dá Para preguiça ou cansaço Em seu corpo penetrar Tão grande é seu sofrimento
Que isto não o faz abalar (...) Um pobre encontra com outro Morrendo a fome e doente
Já pergunta como vai O outro responde soridente Sou cheio de vida e saúde Esconde as dores que sente (Jota Rodrigues).

CORDEL DO BOM MALAQUIAS
Quanta pobreza, meu Deus, em meio a tanta riqueza. No farol, crianças pedem comida, em sua magreza. Ricos exploram os pobres.Meu Deus, quanta malvadeza!” ( J. Carino, Cordel do bom Malaquias).

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