BRINCARTE

BRINCARTE
BRINCARTE

Thursday, September 25, 2008

DIA DO RÁDIO



O RÁDIO E A RADIODIFUSÃO

O rádio é um veiculo de comunicação de suma importância para as pessoas por ser fonte de informação e entretenimento. O começo de tudo ocorreu em 1864, quando o físico escocês James Clerk Maxwell lançou uma teoria, a qual uma onda luminosa podia ser como uma perturbação eletromagnética que prolongava no espaço vazio atraída pelo éter. Mas o físico morreu e deixando para o mundo apenas a idéia através desta teoria matematicamente comprovada, sem poder contudo levá-la para o experimento.
Em 1887, Heinrich Rudolf Hertz, um jovem estudante alemão, impressionado com a teoria de Maxwell, construiu um aparelho que era constituído de duas varinhas metálicas de 8 centímetros de comprimento, colocadas no mesmo sentido e separadas por um intervalo de 2 centímetros; unindo cada varinha aos pólos de um gerador de alta tensão, carregava-se um condensador, parte integrante do equipamento, que sofria o mesmo número de alterações. Com este dispositivo, depois de construído produzia correntes alternadas de período extremamente curto, que variavam rapidamente. Assim foi realizado o sonho de Maxwell, as ondas descobertas por ele, foram chamadas de "Ondas Hertzianas".
No ano de 1895, o italiano Guglielmo Marconi, teve a idéia de transmitir sinais à distância. Utilizando o dispositivo de "Heinrich Rudolf Hertz", voltou totalmente ao estudo das ondas Hertzianas. Mais tarde, Marconi fez a descoberta do principio de funcionamento da antena, resolvendo o grande problema: enviar sinais pelo espaço.
Já em 1896 consegui enviar mensagens em código morse de Dover na Inglaterra a Viemeux na França. Com isto, teve o mérito de reunir os conhecimentos obtidos no campo da radioeletricidade, e utilizou para construir um aparelho para controlar os sinais propagados pelo espaço. No mesmo ano, recebeu em Londres, Inglaterra, a patente do seu invento.
Em 1903, o inventor conseguiu enviar uma mensagem ao outro lado do oceano.
Em 1906, Reginald Aubrey Fessenden, dispôs de um microfone, o qual foi construído por ele, onde podia incluir qualquer som desejado às ondas irradiadas, com isso pode enviar sinais de voz e sons de fonógrafo.
Em 1908, físicos de todas as partes do mundo, lutavam sem tréguas para o seu aperfeiçoamento. Joseph John Thompson, Thomas Alva Edson, Lee de Forest, John Ambrose Fleming e Erving Langmuir, deram vida as primeiras válvulas.
Guglielmo Marconi em 1909, recebeu o Prêmio Nobel da Física. Sem contestarmos as enciclopédias ou as obras oficiais que traduzem a história universal, a descoberta do rádio, não teria sua abrangência, se não fosse citado os fatos da vida do "Padre Roberto Landell de Moura " o homem que deu inicio a comunicação".
No Brasil, em setembro de 1922 realizava-se a primeira emissão radiofônica oficial, com um discurso do presidente Epitássio Pessoa durante a exposição comemorativa do centenário da independência no Rio de Janeiro. Mas somente em 1923, o rádio iniciaria a sua trajetória no país, com a instalação da primeira emissora brasileira: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquete Pinto que defendia a necessidade de transmitir educação e cultura aos brasileiros espalhados por todas as regiões do país. Por essa razão, a primeira missão do rádio foi, basicamente, educativa. Várias rádios seguiram o exemplo e algumas ganharam destaque como a Rádio Escola Municipal do Distrito Federal, as Rádios Club do Brasil e a Rádio Educadora Paulista. Durante treze anos Roquete Pinto esteve à frente da Rádio Sociedade, mas em Setembro de 1936, passa a se chamar Rádio Ministério da Educação, a atual Rádio MEC. No mesmo ano, a função educativa do rádio tornava-se oficial. Durante parcialmente toda a década de 1920, o rádio brasileiro caracterizou-se pela produção de programas simples – informativos ou musicais.
Os anos 30, entretanto, trazem uma mudança súbita e fundamental na programação radiofônica. No ano de 1932, recebeu autorização oficial para a veiculação de anúncios indo ao ar o primeiro jingle da rádio. No ano de 1937, cria-se o serviço de radiodifusão educativa, uma iniciativa do governo de Getúlio Vargas. Durante toda a década de 1930, os textos publicitários no rádio brasileiro divulgavam produtos e estabelecimentos exclusivamente nacionais que patrocinavam os mais variados tipos de programas de sucesso no rádio da época.
A partir de 1940, no entanto, o quadro até então predominante na área da publicidade radiofônica sofre duas mudanças fundamentais: em março de 1940, a estatização da Rádio Nacional do Rio altera o equilíbrio de forças no rádio brasileiro, principalmente o carioca. Transformada em emissora estatal, mas com o direito de continuar a veicular anúncios, a Rádio Nacional inicia, assim, sua trajetória como líder de audiência. É quando surge a primeira radio-novela de grande sucesso, que permaneceu no ar entre 1941 e 1943, prometeram fotografias dos artistas e um álbum com o resumo da mesma aos ouvintes que enviassem um rótulo de Colgate. No primeiro mês chegaram 48 mil pedidos e as perspectivas eram de aumento. Cessou o fornecimento. Também a publicidade influiu diretamente na introdução do jornalismo radiofônico no Brasil : em agosto de 1941 a Radio Nacional do Rio de Janeiro transmitia a primeira edição do Repórter Esso, informativo que permaneceu no ar durante 27 anos (até 1968) e que alterou completamente o padrão dos jornais-falados vigente, até então, no rádio brasileiro. Cobria principalmente a segunda guerra mundial. A rádio Continental do Rio torna-se a primeira emissora brasileira especializada em reportagens externas, uma criação de Carlos Palut, que levantava os assuntos, realizava as gravações e posteriormente eles eram levados ao ar, no Jornal de Reportagem.
Somente em 1944, 21 anos depois da fundação da primeira emissora brasileira, profissionais e empresários do rádio conseguiram reunir-se para criar a Associação Brasileira de Rádio (ABR), entidade que "visava a defesa, a orientação e a união de todos os que trabalhassem no rádio para o rádio" qualquer que fosse a modalidade da função que exercessem.
A partir da metade da década de 1950, o radio brasileiro começa a registrar uma queda significativa de audiência, em decorrência da veloz popularização da TV. Conjugando o som e imagem, o radio está condenado à extinção pelo novo veículo. O rádio se transforma em um toca discos e luta, sem ressonância.
Nos anos 60 encontramos rádios preocupadas em segmentar ainda mais sua programação. Existiam rádios como a Rádio Excelsior que lançou sua NEW FACE em 1968, que permanecia com sua programação voltada somente para música. Muitas outras emissoras seguiram este caminho, outras intensificaram seus programas jornalísticos. Foi ai que começam a operar no Brasil as primeiras transmissões de FM - freqüência modulada. Inicialmente ofereciam assinatura do sistema, para hospitais e residências, que contratavam o serviço para contar com músicas suaves de fundo, além de empresas que contavam com uma programação alegre e estimulante.
A partir dos anos 70, começa uma transformação nas rádios, que buscavam sair do marasmo que cairá com o advento da televisão nos anos 50. Em 1976 o governo cria, a Rádiobrás – Empresa Brasileira de Radiodifusão, tinha como finalidade: organizar emissoras, operar e explorar serviços de radiodifusão do Governo Federal; montar e operar sua própria rede de repetição e retransmissão; realizar a difusão de programação educativa, informativa e de recreação; formar através de treinamento de pessoal, profissionais para o rádio. No final dos anos 70, as emissoras começam a fundir-se, buscando a transmissão de seus conteúdos através de verdadeiras redes, como a televisão já fazia. Criando a "Sociedade Central do Rádio", em 1980, com o objetivo de melhorar a comunicação com o mercado e estabelecer recursos de índice de audiência e centralização da informação. Nesta época surgem as empresas com especialização em programação, existentes até os dias de hoje no mercado radiofônico, elas são formadas por estúdios de áudio, que produzem toda a plástica das emissoras, como por exemplo: vinhetas, trilhas sonoras, spot comerciais e assim por diante. Durante a década de 1970, as emissoras oficiais e privadas passaram a transmitir programas rotulados como educacionais e produzidos principalmente pelas Rádios MEC do Rio de Janeiro e de Brasília, com ênfase na divulgação de aspectos culturais do País, como a música popular brasileira.
No final de 1982, a Radio Jornal do Brasil FM, do Rio de Janeiro, foi a primeira emissora a tocar os famosos e já conhecidos CD’S – Compact Disc. Eles começam a substituir as cartucheiras e outros assessórios de provisão de áudio, com a vantagem, eram lidos por laser, aumentando a vida útil do material, não havia risco de deformação do disco e som era digital, aumentando assim a qualidade das transmissões.
Nos anos 80, e os anos que se seguiram rádios "piratas" tiveram um grande crescimento, era possível que uma cidade pequena de interior, tivesse até mesmo cerca de 30 estações piratas. Porém a realidade atual do rádio, lentamente está em transformação. Grande responsável por essa transformação é a chegada da Internet em 1995, pois a partir da rede mundial de computadores, é simples instalar e transmitir Rádio, mesmo porque não existe nenhum órgão regulador de transmissões por esse meio, o Rádio e muitos que gostariam de expressar suas idéias, ganha um canal de comunicação, quase gratuito, onde pode divulgar, além de idéias, sua programação. Acredito que em breve sistema de Rádio via Internet, terá o seu sinal captado por aparelhos pequenos e versáteis.
A formação de redes copia de certo modo o sistema de distribuição de transmissões das televisões. O sistema consiste em distribuir programação através de várias praças (regiões de transmissões). O maior problema que este sistema enfrentou no começo, foi à questão cultural das regiões, pois os costumes de moradores do Pantanal, são diferentes dos moradores de São Paulo. Para acabar com este problema, o jeito foi misturar programação, dividindo 50 % de programação nacional e 50 % de programação regional. A televisão já faz isso há muitos anos, e essa alternativa obteve sucesso. A pioneira em transmissão em rede, foi a Transamérica, de São Paulo que conta com 6 emissoras próprias, sendo que ao todo 28 emissoras fazem parte do sistema de retransmissão. Logo vieram outras emissoras com o mesmo objetivo (transmissão em rede).
As rádios livres ou piratas são verdadeiros grandes temas para a discussão, pois de um lado encontramos o monopólio estatal que regula o setor, e de outro, pessoas como eu ou você, que gostariam de expressar seus pensamentos, assim como reza a constituição federal que diz que todos temos o direito da tal "Liberdade de Expressão".
Novas tecnologias nos dias de hoje mudam sempre e as Rádios utilizam tecnologia de ponta para transmissões. Nos Estados Unidos e Europa, milhões de dinheiro estão sendo investido em Radiodifusão.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, Sonia Virgínia. O Rádio no Brasil. Rio de Janeiro: Mil Palavras, 1991.
______________________ .Rádio Palanque: política feita no ar. Rio de Janeiro: Mil Palavras, 1998.
PORCHAT, Maria Elisa. Manual do radiojornalismo Jovem Pan. São Paulo: Ática, 1993. 205 p.
RÁDIO NACIONAL.Rádio Nacional: 20 anos de liderança a serviço do Brasil. Rio de Janeiro. Setemb./ 1956.
TAVARES, Reynaldo C. Histórias que o rádio não contou: do galena ao digital, desvendando a radiofusão no Brasil e no mundo. São Paulo: Harbra, 1999.309p.
XAVIER, Ricardo. Almanaque da TV: 50 anos de memória e informação. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

VEJA MAIS:
BRINCARTE
RADIO TATARITARITATÁ – LIGUE O SOM E VAMOS CURTIR!!