BRINCARTE

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Thursday, January 10, 2013

A ARTE, A NATUREZA E A SOCIEDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL


A ARTE, A NATUREZA E A SOCIEDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL - A arte, a natureza e a sociedade fazendo parte de um composto inerente ao ser humano, imprescindível no trabalho interdisciplinar do professor de Educação Infantil. Esta interdisciplinaridade vem da articulação do desenvolvimento humano e expressão artística, passando pela valorização da vida e do meio, conjugada com uma atitude participante que seja responsável e sustentavelmente expressa como conteúdo para a criançada.
Por ser a arte o resultado de uma atitude emancipadora, criativa e extraordinariamente inovadora, é levada além dos limites de criação, inspiração e transpiração, proporcionando a auto-superação de quem pratica e o êxtase de quem assiste ou participa.
Por ser descompromissada enquanto razão de ser e fazer, a arte propõe a descoberta sem o compromisso da verdade ou da mentira, levando por uma viagem criadora que será interpretada segundo o discernimento de quem a recebe como obra-de-arte. No caso da criança vai se utilizar da brincadeira e do lúdico, para levar a mensagem do artista.
A natureza é o ambiente em que vivemos, é onde a vida se realiza, seja no campo, na cidade, onde for. Em virtude das agressões humanas, hoje é exigido de cada cidadão uma responsabilidade ética e sustentavelmente capaz de valorizar a forma ideal da vida. Além disso, vem aquela máxima de que cada um é produto do seu meio. Indubitavelmente que cada um deseja um meio saudável para que possamos ter uma vida digna e contemplada dos direitos reais e ideais dos seres humanos.
A sociedade é cada individuo se constrói e interage, é nela que estão estabelecidas as culturas que formarão cada pessoa para nela atuar. Existe também aquela máxima de que o homem é resultado da cultura, ou seja, da sociedade em que se vive. Daí o desejo de uma sociedade justa, não discriminatória e isonômica.
A partir da arte, a sua introdução na sala de aula por meio da brincadeira e do jogo, contextualizando a existência humana no seu meio ambiente e na sua sociedade, traz a possibilidade de configuração da criança no seu universo. Isto porque o brincar atua manipulando o mundo externo em suas representações simbólicas, fazendo, com isso, o reconhecimento de seu meio social que será continuamente encaixado aos esquemas já construídos, sendo uma opção que ocorre no plano da imaginação e, por isso, implica que aquele que brinca tenha o domínio da linguagem simbólica. Isto quer dizer que é preciso haver conseqüência da diferença existente entre a brincadeira e a realidade imediata que lhe forneceu conteúdo para realizar-se. E para brincar é preciso apropriar-se de elementos da realidade imediata de tal forma atribuir-lhes novos significados. Essa peculiaridade da brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade. Toda a brincadeira é uma imitação transformada, no plano das emoções e das idéias, de uma realidade anteriormente vivenciada.
Observa-se que pela arte o ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa daquilo que apresentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam ao acontecimento que lhes derem origem, sabendo que estão brincando. O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não-liberal transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. Além do mais, a brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando-as a superar, progressivamente, suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto no âmbito de grupos sociais diversos. Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de constituição infantil.
O importante disso tudo é que pelas brincadeiras é que se humanizam as crianças e possibilitam-lhes ao seu modo, e ao seu tempo, compreender e realizar, com sentido, sua natureza humana, bem como o fato de pertencerem a uma família e a uma sociedade em determinado tempo histórico, ambiental e cultural. A criança que brinca tem o domínio da linguagem simbólica. A brincadeira ocorre por meio da articulação entre a imaginação e a imitação da realidade anteriormente vivenciada. E, a partir disso, vê-se quão fundamental é a interdisciplinaridade entre a arte, a natureza e a sociedade: a atuação criativa e sustentável no meio – natureza e sociedade – em que se vive.

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